Resenha de domingo #BraBo 2019.2
Data definida com um mês de antecedência. Sexta-feira, feriado de 15 de novembro. Faltavam 30 dias: Tínhamos 4 domingos pela frente. Era um assunto que ficava longe, bem distante. Faltavam 20 dias: Os preparativos se iniciavam, tanto no grupo de whatsapp quanto na pelada. As partidas começaram a ficar mais quentes. Culpa do sol e da arbitragem. Faltavam 10 dias: Alguns se poupando para não se machucar, outros se provocando dentro e fora de campo, o clima do clássico intercomunitário chegou de vez. Sábado, um dia antes do BraBo: Correria atrás de banner, caixa de som, cerveja e feijoada. "Alguém sabe onde compra fogos de artifício?", "Amanhã vou tirar onda", "O Brabo vai ser nosso"... Domingo, 15 de dezembro, 8h30: 33 atletas para jogar. Outros colaborando e alguns expectadores para acompanhar mais uma batalha entre a Brasília e o Bode. Times escalados, fotos dos times e últimos ajustes antes do apito inicial. O BraBo vai começar.
Saída da Brasília. em menos de 10 segundos Luan rouba a bola de Ratinho e experimenta do meio da rua. A bola vai no ângulo, mas Henrique estava lá. "Esse jogo é nosso", pensaram os Caprinos. A primeira chance de gol empolgou o Bode, que ainda continuou pressionando por alguns minutos. Antes acuado, o time da Brasília acordou e começou a apertar a saída de bola do Bode. Numa dessas, Levi consegue travar a bola com Carlinhos e ela sobra pra Derley Jr, que devolve pra Levi. O artilheiro do ano fuzila e Sinho tenta desviar, o suficiente pra tirar a chance que Rodrigo tinha de defender a bola. 1x0 pra Brasília. O Bode sentiu o peso da adversidade do placar, enquanto a Brasília apertava a marcação e dominava o meio de campo. Restava aos bodenses os lançamentos longos, que raramente davam em alguma coisa. Entre as excessivas jogadas de bolas aéreas do Bode, Luan cabeceia para a área da Brasília e Jean finaliza de bicicleta. Henrique salva o que seria um golaço do meia. Por volta dos 30 minutos, Pogba entra para manter a pegada do meio de campo, o que gerou insatisfação de alguns atletas do Bode, em virtude da posição de origem dele, que atua no gol. O polivalente jogador teve que ser substituído para evitar mais discórdia, e esse ato foi o gás necessário pros brasilienses. Filipe Espinha, com sangue nos olhos, entra na partida e com pouco tempo de jogo solta um torpedo na trave de Rodrigo. Foi o cartão de entrada do maior artilheiro da história da pelada. O seu gol estava por vir. Estávamos na casa dos 40 minutos, quando Binho rouba a bola e toca pra Espinha. Ele se desvencilha de Sinho e finaliza, meio trucado. Um chute rasteiro, suficiente pra vencer o goleiro Rodrigo Fagner. É o segundo gol da Brasília. Comemoração efusiva dos jogadores, voadora e gritaria. O primeiro tempo termina. Uma mão já estava na taça.
O intervalo acaba e na etapa final ambos os times fazem ajustes e substituições. O Bode não consegue ter poder de reação e sofre até pra manter a posse de bola. Mesmo vencendo, é a Brasília que dá o ritmo da partida, numa magistral atuação coletiva, com todos se doando, cobrindo praticamente todas as posições do campo. O Bode se limita a chutes esporádicos, ora chutando pra fora, ora acertando os defensores. Quando a bola passava, Pogba fazia intervenções sem maiores dificuldades. O caminho pareceu ficar melhor quando Eduardo levou o segundo amarelo e foi expulso. A regra da pelada permite que um jogador do time entre no lugar do expulso, mas os bodenses alegaram que o juiz teria dito que naquele dia a tal norma não teria efeito, e o time com atleta expulso não poderia fazer a reposição. A Brasília não fez questão de comprar essa briga e, mesmo com 1 a menos, conseguiu criar chances na base do contra-ataque, e nem mesmo a pressão do Bode nos últimos minutos foi suficiente pra furar a defesa brasiliense. O apito final de Luciano Pina decretou um título mais que merecido, tamanho era o empenho dos guerreiros da Brasília. O troféu continua no bairro mais teimoso do Recife, símbolo de luta, perseverança e de mais uma conquista. O BraBo é da Brasília!
![]() |
Time da Brasília (campeã) |
![]() |
Time do Bode (vice) |
TIMES
Brasília (Azul): Henrique, Pogba, Matheus, Binho, Klebinho, Paulinho, Eduardo, Betinho, Arnaldinho, Luciano, Marinho, Janio, Valdir, Ratinho, Levi, Derley Jr, Wilker e Filipe Espinha.
Bode (Vermelho): Thiago Neves, Rodrigo Fagner, Carlinhos, Léo, Sinho, Dodô, Nino, Rodrigo Deda, Diogo Tubarão, Ricardo, Lucas, Jorge, Jean, Luan e Mauro.
Arbitragem: Luciano Pina.
Brasília 2 x 0 Bode
Gols
Brasília: Levi e Espinha
Assistências
Brasília: Derley Jr e Binho
Notas do Chega+, dia 15/12 (33 atletas jogaram, 13 votaram)
9.5 - Derley Jr
9.3 - Eduardo
8.8 - Cheiro de Gol
8.7 - Betinho
8.5 - Luan
8.3 - Henrique
8.2 - Marinho
8.2 - Arnaldo
8.1 - Binho
8.0 - Levi Mateus
8.0 - Valdir
8.0 - Thiago Neves
8.0 - Pogba
7.9 - Janio
7.7 - tuba
7.7 - Carlinhos
7.6 - klebinho
7.6 - Dodô
7.3 - João (Ratinho)
7.3 - Jean Mattos 94
7.2 - sinho
7.1 - Lucas Brenno
7.1 - Paulinho
7.0 - nino
7.0 - Wilker
7.0 - Luciano PM
6.9 - Rodrigo Fagner
6.8 - Rodrigo
6.8 - Léo
6.7 - Jorge Delgado (J7)
6.6 - Mauro
6.4 - matheus
6.2 - Ricardo
Agradecemos imensamente a Voador, o Chega+, a TeuBairroTv e a gráfica Paschoal pelo apoio e a todos os presentes que tornaram este dia tão especial!
Comentários
Postar um comentário
1. Digite seu comentário.
2. Na caixa Comentar como: selecione o perfil Nome/URL.
3. Escreva apenas seu nome.
*Comentários anônimos e ofensivos serão excluídos.